Estrabismo Divergente: o que eu preciso saber?
Você levou o seu filho para um exame de rotina e o oftalmopediatra anuncia: ele precisará de óculos. Logo você pensa: “E agora? Aposto que ele não vai querer usar”. Saiba, talvez a sua atitude em relação aos óculos seja o primeiro passo para que, de fato, o seu filho rejeite usá-los.
“Inconscientemente, muitos pais acabam mandando a mensagem errada para os filhos. Pode ser porque sofreram bullying quando pequenos ou simplesmente porque não se conformam mesmo. Atendi uma mãe, certa vez, de uma menina que tinha acabado de completar um ano. Ela tinha estrabismo e na consulta descobri que tinha também 5 graus de miopia. A mãe ficou completamente atordoada e começou a chorar, não se conformava e pensou logo que quando a menina crescesse iria sofrer na escola”, conta Dra. Marcela Barreira, oftalmologista pediátrica e especialista em Estrabismo.
“O mais importante é os pais entenderem que os erros refrativos, como miopia, astigmatismo e hipermetropia, em geral, não levam a problemas graves e são facilmente corrigidos com os óculos e, mais tarde, com lentes de contato. No momento do diagnóstico, a criança precisa do reforço positivo e de se sentir segura de que isso trará melhoras, inclusive na escola”, comenta a oftalmopediatra.
Consulta no primeiro ano de vida
Toda criança precisa de exames da visão regulares com oftalmopediatra, especialmente na primeira infância. Dra. Marcela explica que as crianças, mesmo com graus muito altos, não demonstram dificuldade para enxergar como o adulto.
“E isso se dá por dois motivos principais: primeiro porque quando a criança nasce com grau, ela não conseguiu aprender ainda que aquela forma que ela está enxergando está embaçada, então ela se adapta àquela visão. Segundo, porque os pequenos têm uma capacidade muito grande de compensar graus bastante elevados, não demonstrando, portanto, dificuldades para enxergar”, comenta a especialista.
Por isso se recomenda levar o bebê ao oftalmopediatra no primeiro ano de vida e depois a cada ano. No Brasil, as pessoas, contudo, não estão acostumadas e acabam chegando ao consultório quando a criança vai para a escola e começa a apresentar dificuldades no aprendizado.
Pequenos rebeldes
Geralmente, bebês e crianças pequenas não têm grandes problemas em usar o acessório e a adaptação é bastante tranquila. Isso, contudo, não é regra e mesmo com graus altos algumas crianças podem dar verdadeiros bailes nos pais na hora de usar o acessório. “E isso não tem relação com estar ou não enxergando com os mesmos. Muitos se incomodam com o novo acessório no rosto. Nesses casos, é preciso muita perseverança, muita paciência dos pais e muita parceria com seu médico para conseguir uma boa adaptação sem traumas”, diz Dra. Marcela.
A médica comenta que as crianças maiores, em fase escolar, por sua vez, podem demonstrar resistência, primeiro porque conseguem compensar uma parte do grau, e isso faz com que, em alguns momentos, achem que os óculos atrapalham. “Nesses casos de crianças mais velhas, em que a visão já está bem estabelecida, avaliações e prescrições baseadas nas informações da própria criança e na avaliação das suas necessidades individuais facilitam a adaptação”.
Encoraje o seu filho
Há várias maneiras de encorajar o pequeno a usar os óculos. Uma ideia é procurar na internet fotos de pessoas famosas, ex-jogadores ou jogadores de futebol, esportistas, cantores e cantoras que fazem uso do acessório, reforçando para a criança que não há nada demais nisso e que o uso dos óculos traz uma série de vantagens.
Outra dica é levá-lo para escolher o dele. Essa é uma boa sugestão, pois empodera a criança, já que ela poderá decidir sobre o modelo que mais lhe agrada. Hoje, há óticas especializadas em crianças, com espaços lúdicos em que os óculos ficam ao alcance dos pequenos. Há também modelos que não quebram, entre outras novidades.
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Olá assisti no YouTube o vídeo sobre ampliopia e achei muito explicativo, meu filho tem 5 anos e 11 meses e foi diagnosticado com 4 graus de astigmatismo e 2 de hipermetropia somente no olho esquerdo, no direito nao ha problema algum, sem oculos encherga 5% e com os óculos a visão do olho esquerdo alcança 50% foi indicado 12h de tampão/dia por 1 mês para reavaliação. Será que há possibilidade de recuperação de 100% da visão? Quanto tempo demora o tratamento? Muito obrigada
Olá Flávia
Obrigada pela mensagem. Não podemos passar este tipo de informação pela internet. Pergunte ao médico que o acompanha ou marque uma consulta conosco ok!
Obrigada