Nunca na história da educação e do desenvolvimento infantil se deu tanta importância para o ato de brincar, o que é uma ótima notícia. Embora não seja novidade que a brincadeira é parte essencial do desenvolvimento das crianças, foi nos últimos anos que pais, educadores e a sociedade como um todo perceberam que além de proporcionar o desenvolvimento global infantil, a brincadeira promove a interação social, ajuda na resolução dos conflitos e contribui para formar adultos mais conscientes de seus direitos e deveres enquanto cidadãos.
Crianças não brincam mais como deveriam
Vivemos na era da tecnologia e dos espaços cada vez mais restritos, em que as crianças se tornaram mais sedentárias, têm menos contato com o ar livre, com a natureza e com as brincadeiras de rua, graças à violência urbana e demais perigos inerentes às grandes metrópoles. Hoje, a maioria das crianças fica em período integral na escola, ou dentro de apartamentos pequenos ou ainda trancafiadas em casas, sem ter a oportunidade de vivenciar toda a liberdade que as crianças de antigamente tinham.
O excesso do uso de TV, computadores, celulares e outras tecnologias também impede as crianças de experimentarem o ato de brincar em toda a sua plenitude. Outro fato que deve ser levado em conta pelos pais é o excesso de brinquedos ou ainda os brinquedos errados para cada faixa etária.
Crianças não precisam de presentes, crianças precisam de presença!
É muito mais importante que os pais brinquem com os filhos do que ofereçam brinquedos, celulares, tablets, videogames e os encham de atividades para “fechar a agenda”. É preciso compreender como funciona o desenvolvimento cognitivo infantil para assegurar que em cada fase elas terão os estímulos adequados.
Muitos pais e, até mesmo educadores, desconhecem o fato que quando é dada uma tarefa para a qual a criança ainda não está preparada, há a possibilidade do desenvolvimento de quadros de ansiedade e até mesmo de depressão infantil. O inverso também é verdadeiro, ou seja, uma criança pouco estimulada pode ter problemas com sua autonomia e desenvolvimento global.
Uma criança é uma criança, não é um mini adulto. Crianças saudáveis brincam, correm, pulam, fazem traquinagens, são curiosas, querem descobrir o mundo, enchem os adultos de perguntas, são emotivas, sensíveis, sorridentes e criativas. Não deixemos a correria do dia a dia, os problemas da vida adulta e o estresse roubar dos pequenos o que eles têm de mais precioso. Deixemos as crianças serem apenas crianças.
Em breve, iremos fazer uma série de posts sobre os estímulos ideais para crianças de 0 a 6 anos. Acompanhe nossas postagens e aproveite para compartilhar com seus amigos.