Será que educar a criança em casa é bom para o seu desenvolvimento?
O Dia das Crianças está chegando e os pais ficam preocupados em comprar presentes, muitas vezes mesmo sem poder gastar. Você já ouviu falar do menos é mais? Isso também vale para os brinquedos. Na verdade, de nada adianta encher a criança de brinquedos sem estimular e brincar junto.
A brincadeira é uma oportunidade para o desenvolvimento da criança. Por meio do brincar ela aprende, experimenta o mundo, as possibilidades, as relações sociais, elabora sua autonomia de ação e organiza suas emoções. Também compreende o mundo à sua volta, aprende regras e testa habilidades físicas, como correr, pular, além de aprender a ganhar e a perder. O brincar desenvolve ainda a aprendizagem da linguagem e a habilidade motora.
Para se ter uma ideia, o ato de brincar é tão especial que as crianças que experimentam brincadeiras com mais qualidade têm menos dificuldades de aprendizagem.
Mas…no meio do caminho tinha uma videogame
Embora o ato de brincar seja fundamental para o desenvolvimento infantil, hoje as crianças estão cada vez mais focadas nos jogos eletrônicos e no uso de aparelhos, como tablets e celulares. E qual o impacto disso?
O grande problema dos jogos eletrônicos é que as crianças brincam sozinhas e os próprios brinquedos não demandam respostas. Os jogos eletrônicos fazem barulho e movimento o tempo todo, sem solicitar que a criança use a imaginação como poderia. Além disso, a criança não compartilha suas emoções como poderia, principalmente quando joga sozinha.
É claro que vivemos em uma era digital e é importante que as crianças tenham contato com os eletrônicos, porém sempre com alguém brincando com elas, para poder conversar sobre o que está sendo jogado, e não simplesmente para executar um comando. A brincadeira, quando feita em grupo, favorece princípios como cooperação, liderança e competição”, fundamentais para o desenvolvimento infantil.
4 ideias de brincadeiras para fazer com seu filho
Massinha: Brincar de massinha estimula a imaginação. Por meio das formas que podem surgir, é possível criar inúmeras possibilidades de objetos, animais, pessoas. Ajuda ainda a trabalhar a coordenação motora fina, a sensibilidade a texturas e a criatividade. A massinha pode virar uma festa com bolos e docinhos, um zoológico, pessoas, carros, etc.
Quebra-cabeça: Trabalha a coordenação visuomotora, percepção da parte pelo todo e do todo pela parte e permite a contação de histórias. Para crianças menores, os pais podem contar histórias sobre as cenas, ajudando a criança a elaborar o pensamento e dando repertório para narrativas. Já as crianças maiores podem construir sua própria história.
Brincadeiras de construção: Os blocos de montagem são excelentes do ponto de vista do desenvolvimento da coordenação motora fina, percepção e associação, que são habilidades fundamentais para aquisição da aprendizagem em si. Além disso, esses brinquedos geralmente possuem diversos tamanhos, formatos e cores diferentes, que também são ótimos para o desenvolvimento cognitivo.
Brincadeiras de grupo: Nada mais saudável e divertido que as brincadeiras de grupo e que precisam, inclusive, de bastante espaço para serem feitas. Pique esconde, pega pega, corre cotia, gato mia, cabra-cega, morto-vivo e estátua. A lista é enorme e todas estimulam habilidades sociais e interação com outras crianças, além de coordenação motora, percepção espacial, treino visual, boa audição, etc.
Brincar é um ato de amor!
Não há como ignorar os estímulos eletrônicos no mundo atual e entendemos que é importante que as crianças participem desse movimento. Porém, não podemos esquecer que todo processo de desenvolvimento depende da estimulação que é apresentada para essa criança e é papel dos pais estimular por meio da brincadeira. Mas, muito além desse papel parental, brincar é uma demonstração de afeto e de carinho.
Geralmente, as melhores memórias da infância são baseadas nas brincadeiras. Por isso, além de estimular toda a parte de desenvolvimento neurológico, os pais que brincam estimulam também o afeto e a troca de carinho, demonstrando o amor dentro da brincadeira.
Lembre-se: A criança prefere a sua presença e não os seus presentes!
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