Dra. Karina Weinmann, neuropediatra e cofundadora da NeuroKinder foi uma das convidadas para falar sobre a importância do afeto para o desenvolvimento das crianças
São Paulo, 23 de maio de 2017 – O abraço é uma das formas mais intensas de afeto que o ser humano conhece. Mas, além de ser gostoso abraçar e ser abraçado, os benefícios do abraço para o desenvolvimento infantil são incontáveis. Inúmeros estudos já comprovaram que o abraço contribui em inúmeros aspectos para a saúde das crianças. Para debater o assunto e comemorar o Dia do Abraço, celebrado no dia 22 de maio, a Huggies Brasil organizou um evento, com convidados pra lá de especiais.
O encontro que reuniu cerca de 60 pessoas aconteceu na sede da empresa, em São Paulo. Na plateia muitas mães blogueiras, jornalistas e funcionários da empresa. Bebês e crianças eram bem-vindos com um espaço especial para os pequenos.
No palco estavam a nossa neuropediatra, Dra. Karina Weinmann, a Diretora de Huggies, Patrícia Macedo, a blogueira Luiza Diener (Potencial Gestante) e Dra. Ana Maria Chiesa, Enfermeira e Doutora em saúde pública pela Universidade de São Paulo, consultora técnica da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal.
Da esquerda para a direita: Luíza Diener (Potencial Gestante); Dra. Karina Weinmann (Neuropediatra); Dra. Ana Maria Chiesa (FMCSV) e Patrícia Macedo (Huggies Brasil).
Confira agora os principais benefícios do abraço debatidos durante o evento:
- Abraços reproduzem o ambiente intrauterino da criança, promovendo conforto e segurança
Não há ambiente mais seguro e confortável para o bebê que o útero materno. Quando ele nasce, necessita de uma reprodução desse ambiente, o que inclui o abraço e o colo materno. “É fundamental que as mães tenham essa consciência e deem colo sempre, abracem sempre seus bebês. O colo não estraga uma criança como dizem por aí, muito pelo contrário, a faz crescer mais segura e saudável”, disse Dra. Karina. - Abraços promovem ganho de peso
Já está mais que comprovado que os prematuros que passam mais tempo no colo tem maior ganho de peso e alta mais rápida do hospital. Não é à toa que o método Canguru foi adotado na maioria das maternidades do Brasil. - Abraços ajudam no desenvolvimento do cérebro
Nos primeiros anos de vida, especificamente nos três primeiros, o cérebro do bebê apresenta um desenvolvimento fascinante e muito rápido. “Por isso, é nesse período que a criança precisa de afeto, de carinho e muitos abraços. Isso ajudará ela, futuramente, a regular suas emoções, entre outras funções”, explicou Dra. Karina. - Abraços melhoram nossa capacidade de enfrentar medos e desafios
Uma criança bem cuidada e que recebe dos cuidadores o afeto necessário, que pode ser em forma de abraços, por exemplo, tem uma melhor autoestima se comparada a crianças que são criadas em ambientes hostis ou com pouco afeto. O abraço é especialmente importante. “No dia a dia do consultório vemos a importância do abraço, por exemplo, para dar segurança a uma criança quando ela está aprendendo a andar. Se ela cair, os pais devem abraçá-la para incentivá-la a continuar. Embora muitas mães entrem em pânico quando um filho se machuca ou cai, nada melhor que um abraço para acalmar a criança”, explicou Dra. Karina. - Abraços agem como fortalecedor do sistema imunológico
O abraço é uma forma de afeto muito importante para fortalecer o sistema imunológico, pois provoca uma série de reações químicas no organismo, responsáveis pela defesa contra doenças. - Abraços promovem um crescimento da nossa autoestima quando adultos
Uma criação com afeto é importante não só para a infância, como também para nossa formação enquanto indivíduos. “Isso porque o que acontece nos nossos primeiros anos de vida, junto com nossa genética, irá predizer nosso comportamento quando adultos. Uma criança que recebe abraços, afeto e carinho suficientes terá uma autoestima melhor, um sistema imunológico mais forte e o sistema que regula as emoções mais bem desenvolvido”, disse Dra. Karina. - Abraços contribuem para socialização e formam indivíduos menos agressivos na vida adulta
Só podemos dar aquilo que temos, ou seja, se fomos criados em um lar amoroso, com pais amorosos que nos deram segurança, conforto, carinho e proteção, certamente nos tornaremos adultos mais saudáveis em todos os aspectos. As crianças precisam de colo, atenção e tempo de qualidade com seus pais. Quando privamos as crianças do afeto e do contato físico, as conexões neuronais são afetadas, levando ao chamado estresse tóxico que mais tarde pode se tornar uma depressão e comportamentos disfuncionais.
“O evento foi maravilhoso. Essas discussões são essenciais para mudarmos a nossa sociedade. As mães precisam ter mais tempo para ficar com os bebês, precisam de apoio e ajuda nessa jornada que é muito desafiadora. A divulgação desse conhecimento sobre o poder do abraço é muito importante para que todos tomem consciência de que o afeto nunca é demais”, finaliza Dra. Karina.