Será que educar a criança em casa é bom para o seu desenvolvimento?
Muitos adultos podem não gostar do Natal por diversos motivos. Mas, dezembro tem um gostinho especial para as crianças. Apreciar a decoração de Natal em casa e nas ruas, aguardar nas intermináveis filas para tirar foto com o Papai Noel, escrever a cartinha e aguardar o presente são rituais importantes para a criança.
Em meio à vida agitada, principalmente nas grandes cidades, os adultos podem sentir dificuldade em entrar no “clima natalino”. Mas, em famílias com crianças isso é muito importante. Por isso, precisamos ver o Natal com os olhos de uma criança.
A explicação é simples: a criança precisa da fantasia para formar o seu mundo, ou seja, é por meio da imaginação que ela consegue desenvolver sua cognição e vivenciar as emoções. Para a criança, a figura do Papai Noel representa um velhinho bondoso que percorre o mundo em seu trenó para presentear as crianças que ao longo do ano cumpriram seus deveres e agora terão suas recompensas.
A fantasia enriquece as crianças. Sendo assim, o Natal é uma época ideal para ensinar valores como bondade, caridade e amor ao próximo também, já que vivemos em um país com grandes desigualdades sociais. Por isso, a dica é incentivar a criança a doar seus brinquedos ou visitar, junto dos pais, um orfanato ou instituição para ver também a outra realidade que existe. Isso ajuda a construir a empatia, sentimento tão necessário nos dias atuais.
É papel dos pais estimular a imaginação das crianças nos primeiros anos de vida para que elas possam desenvolver suas habilidades sociais, assim como compreender seu papel no mundo e, futuramente, tornarem-se cidadãos preocupados com o próximo e cientes da realidade social que as cerca”, explica a neuropediatra Dra. Karina Weinmann.
Em tempos de crise, é importante entender que para a criança o presente não deve ser o principal foco, mas sim a reunião familiar, os preparativos e toda a magia inerente ao Natal.
“Nosso desejo, enquanto profissionais atuantes do desenvolvimento infantil, é que os pais possam ter neste Natal um olhar infantil e repleto de magia, pensando menos no valor dos presentes e mais no valor da presença dada aos filhos, para enriquecer a memória deles com o verdadeiro espírito de amor e união que essa época do ano nos traz. Isso ajuda a criança a vivenciar o Natal de forma rica e intensa, levando para o resto as lembranças desta data”, conclui Dra. Karina.
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